quinta-feira, 24 de março de 2011

Menos de uma semana atrás fui me reunir pela primeira vez com meu orientador da monografia da especialização.
Rapaz novo, acredito que mesma idade que eu, entretanto, alguns passos à minha frente no quesito "estudo", afinal ele já está prestes a apresentar a tese dele de doutorado na USP.
Minha monografia na faculdade foi sobre "a possibilidade jurídica de inclusão do parceiro homossexual como dependente no plano de saúde de seu companheiro", e tendo em vista o êxito obtido no desenvolvimento e apresentação desta, e também com a finalidade de me poupar tempo, resolvi mais uma vez escrever acerca de algum assunto que girasse em torno dos homossexuais.
Entreguei o projeto da monografia, tirei nove, fiquei feliz, mas, durou pouco.
Assim, que sentei naquela pequena salinha com meu novo orientador vi que enfrentaria problemas, porém, não sabia exatamente quais.
Durante a reunião, que não durou mais do que 15 minutos, escutei dele que ele não sabia exatamente porque essa coisa toda de "direitos homossexuais" e saí de lá me sentindo estranha, como se fosse um erro sabe levantar uma bandeira, mesmo que fosse através de um trabalho acadêmico.
Eu, sinceramente, não compreendi o que ele quis dizer com "não saber porque dessa coisa toda em torno dos direitos homossexuais, mas, para o bem das nossas reuniões e meu trabalho preferi dar uma chance ao rapaz e pensar que talvez ele tenha se expressado mal.
Pois bem, vim para casa e enviei a ele meu projeto por email como solicitado.
Como resposta recebi que seria melhor eu mudar meu âmbito de abordagem, inclusive me passando uma idéia excelente, escrever acerca da ADPF 178, que foi proposta por uma Procuradora Geral da República, com intuito de igualar as uniões homoafetivas às uniões heterossexuais, inclusive estendendo aos primeiros os direitos inerentes a estes últimos.
De cara peguei a idéia para mim e respondi que topava.
Claro que, mudar de idéia aos 48 do segundo tempo tem seus preço e cá estou com a incumbência de escrever novo esboço de projeto para este novo tema e apresentar até sexta, em nossa nova reunião, e ai sim iniciar a minha monografia.
Resumo da ópera, meu orientador parece ter se empolgado mais com meu novo tema e anda respondendo meus emails quase que instantaneamente.
Portanto, momentaneamente ele tem créditos comigo, e quem sabe ele não seja apenas um jovem CDF que não tem vida social e eu com minha monografia não possa ensiná-lo a enxergar além da teoria dos livros?Quem sabe ao final da nossa convivência de dois meses e pouco ele não esteja entendendo exatamente porque fala-se tanto em direitos homossexuais?
Eu, realmente, espero que sim.
Confesso, sou uma otimista, espero não terminar esta monografia como uma loser...


quarta-feira, 16 de março de 2011

Divagando...

Ao som de Beatles não são poucos os pensamentos "viajantes" que invadem minha mente.
Eu penso na minha namorada, esta semana fizemos quatro anos e cinco meses.
No quanto eu quero que chegue logo nosso dia de morarmos juntas...
Eu penso no quanto as pessoas no Japão devem estar perdidas e assustadas com tudo
o que aconteceu a eles nestes últimos dias.
Eu penso no meu trabalho, em como posso chegar mais rápido ao meu objetivo de 
ter uma vida estável e bem remunerada.
Eu penso nos meus amigos, em como certas horas sinto falta da presença de cada um deles
em minha vida.
Eu penso em como é bom ter uma presidente culta que afirma gostar de "devorar" livros e que sabe falar outras línguas além do português.
Ao contrário do analfabeto que as pessoas cansavam de chamar de "melhor presidente", que só sabia servir de palhaço da corte em encontros internacionais, que não sabia falar nem o inglês, que deixou um rombo bilionário em nossos cofres e que hoje cobra a bagatela de 200 mil por palestra (só não me pergunte o que ele diz nelas, deve ser uma stand up comedy).
E por fim, eu volto para a primeira música da pasta dos Beatles e escuto tudo novamente, deixando lugar para outros pensamentos "viajantes".