domingo, 27 de junho de 2010

Flexibilidade

Por mais que as mentes impuras pensem na possibilidade de uma outra abordagem mais apimentada sobre "ser flexível", minha intenção é outra: falar sobre "ser flexível" no sentido de subserviência.
Sou daquele tipo de pessoa que entrava naquelas comunidades do orkut "Odeio Esperar" ou "Pontualidade Britânica", como se necessário fosse deixar o aviso: "Por favor não me deixei esperando".
Não sei exatamente por qual razão, talvez por cansar de me estressar com isso ou por namorar uma criaturinha fofa que adora se atrasar, com o tempo fui me tornando mais flexível com este aspecto na minha vida.
Antigamente, quando eu era mais nova, época de colégio, essas pessoas inimigas do relógio pareciam me escolher.
Certa vez, eu estava na sétima série, havia acabado de mudar de escola e nessa mudança reencontrei uma colega da época de quarta série da antiga escola. Imediatamente, aquele reencontro, foi suficiente para nos reaproximar e nor tornarmos melhores amigas.
Ela era um amor de pessoa e ainda nos falamos, mas tinha um traço característico que me matava: ela era e ainda é até hoje extremamente impontual.
Era semana de provas, teríamos texte de ciências no outro dia e eu, que sempre fui chegada a estudar um dia antes da prova, chamei essa minha amiga e mais uma outra colega de sala para estudarmos juntas na minha casa. Marquei duas horas da tarde, sentei na varanda depois de ajeitar o material que usariamos e fiquei esperando. Uma hora depois do marcado, comecei a ligar para casa dela, mas ninguém atendia, o que me fez pensar que ela já havia saido de casa. Entretanto, às seis da tarde, já tendo estudado e sem notícia das duas, resolvi  ligar para casa delas.
Na casa da minha amiga (Priscilla)  não encontrei ninguem, mas na casa da colega a empregada atendeu e disse que fulana (Michelle) havia acabado de chegar em casa. Michelle pegou o telefone e eu puta, mas beirando a preocupação, questionei aonde estava a Priscilla e porque as duas não haviam ido a minha casa.
Daí minha amiga pegou o telefone e foi explicar: "Ah, Paulinha, sabe o que aconteceu? Michelle passou lá em casa e me chamou para eu ir com ela no salão para ela cortar o cabelo antes de irmos para sua casa. Como achei que não fosse demorar muito, eu fui. Só que como ficou tarde acabamos vindo para casa dela comer alguma coisa".
Ao escutar isso eu xinguei as duas todinha no telefone e desliguei. Acho que passei um mês indignada com tamanha falta de compromisso, e olha que eu tinha 13 anos.
Pois bem, de lá para cá, depois de quase treze anos e de ter xingado algumas amigas, namorada e outras pessoas, resolvi tentar relaxar.
Claro que a minha ira vai crescendo a cada minuto esperado, mas hoje consigo não beirar o quase homicidio da pessoa atrasada.
Percebi que o negócio é relaxar e entrar na dança, por isso, tem vezes que eu em vez de me arrumar, sento no computador e jogo uma partidinha de buraco no megajogos antes de sair. Assim, se a pessoa se atrasar eu não vou estar plantada esperando a mil anos.kkkkkkkk.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

De tanto me emputecer com o atraso dos outros, agora sou eu quem atraso... Está resolvido... rs

Beijocas

Juh disse...

ainda bem q sou uma criaturinha fofa...hahaha
vc sabe q melhorei muito ao invés d um atraso de meia hora, me atraso só 5 minutos... foi por vc! hehehe

bjus baby

Anônimo disse...

Tenho brigas enormes com minha dignísima por causa disso. Odeio me arrumar e, depois de pronta, ficar esperando. Agora faço assim: mando ela se arrumar uma hora antes, daí quando ela já está quase pronta, eu começo.
Até agora deu certo. hehehe

bjs

Sara disse...

Nossa... eu entendo, e entendo muito!! Pra mim o tempo é tão precioso, que disperdiça-lo custa caro. rsrs

Um dia consigo relaxar também..

Bjos.